Ontem a imprensa brasileira perdeu mais um integrante que estava em sua missão de cada dia. O cinegrafista da TV Bandeirantes Gelson Domingos foi baleado por traficantes durante a cobertura que fazia para a emissora. Embora estivesse usando um colete a prova de balas, o jornalista levou um tiro de fuzil que atravessou a proteção. Esse é mais um episódio que retrata o risco da profissão. O jornalismo é uma atividade apaixonante por ser tão arriscada a ponto de ser considerada uma profissão-risco.
Volto a alguns anos atrás e recordo do saudoso Tim Lopes. O repórter da Globo também morreu porque exercia a dificil missão de informar. E por esse motivo foi assassinado brutalmente por traficantes. Gelsom, Tim Lopes e tantos outros foram vitimas do ossos do oficio. Vitimas de algo que tanto amavam. E com isso fica a pergunta: Até que ponto é válido alguém morrer por sua profissão?
Em se tratando de jornalismo, não há limites para situações como essas. Até porque o jornalismo é isso ai mesmo. Contudo vale lembrar que outras profissões exigem o mesmo (ou até mais) grau de risco.
Sei que ninguém pretende morrer trabalhando, ou melhor, a verdade é que ninguém pretende morrer hora nenhuma. Mas como é algo natural, embora complexo, da vida, temos que nos acomodar em relação a situações assim. Não adianta fazer sensacionalismo, ou medir o risco de cada profissão.
Atualmente o que vivenciamos é um mundo que, se paralisarmos por conta do medo, 80% das atividades estagnarão. Então resta-nos seguir.
Com relação aos autores criminosos, espera-se que a justiça funcione e faça valer a democracia. Assim um conforto poderá nos envolver.
Mas independente disso, vale lembrar que Gelsom, assim como outros, morreu fazendo o que mais gostava. E se formos analisar as circunstâncias, onde o protagonista é um jornalista, tudo parece ser normal. Porque jornalista é assim mesmo, um herói da vida urbana, um louco de pedra que penetra na realidade e que busca, acima de tudo, a informação sólida e verdadeira. E para que isso aconteça, alguns sacrificios devem ser feitos, até mesmo custeando com a própria vida.
É verdade. Os jornalistas são os olhos da sociedade. Eles têm a função de levar a publico o que, de interesse de todos, está oculto da grande maioria. Por isso se esgueiram por buracos, pulam cercas de arame, e se metem nos lugares e situações mais inoportunas de onde a maioria está tentando fugir, justamente para levar às pessoas a informação. Solidariedade ao Gelson. E a todos os profissionais da informação.
ResponderExcluirJeff Omega: http://bookpowercomics.blogspot.com