O Asilo Recanto dos Velhinhos Francisco Gonçalves
Barbosa, recebeu a visita do prefeito de Pinheiral, José Arimathéa (PT) e da
vice-prefeita Patrícia Rivello, na manhã da última sexta-feira.
O prefeito e a vice-prefeita foram recebidos
pelo presidente do Asilo, Pedro Paulo Santana, pela a administradora Luzia de
Fátima Machado, pela tesoureira Eliege Barbosa e pela 2ª tesoureira, Vilma
Oehlmeier Selvani.
Logo
após visitar todos os idosos que moram no Recanto dos Velhinhos, Arimathéa
realizou uma reunião com a equipe que administra o local e durante o bate-papo
foram expostas todas as dificuldades que, hoje, o asilo enfrenta.
De
acordo com a tesoureira Eliege Barbosa, a Câmara Municipal não vinha repassando
a subvenção aprovada – “A câmara aprovou no orçamento anual, o repasse da subvenção
de 18 mil reais mensais, porém só recebemos cerca de 10 mil reais. Tudo aqui
está muito difícil e todo mês enfrentamos grandes dificuldades financeiras. Nossa
folha de pagamento do gira em torno de 15 mil reais e temos 17 funcionários. A
cada mês que passa vira uma bola de neve” - declarou Eliege.
O governo federal repassa somente R$ 1.825,50 mensais
desde quando o asilo foi criado e os administradores revelaram que sentem
carência de informações com relação ao assunto – “Precisamos de muita
orientação quanto a esse repasse. Desde que recanto dos velhinhos foi criado
recebemos o mesmo valor. Nunca houve nenhum reajuste e queremos saber onde
estamos errando” – disse Eliege.
Outro
grande problema é com relação ao número de leitos que em alguns momentos é
insuficiente – “Recebemos inclusive idosos que estão passando por situações de maus
tratos e são enviados para nós pelo Ministério Público. Porém, não verificam se
tem vaga ou não. Ter vaga no asilo não é só ter uma cama. Temos regras da
vigilância a seguir, como distância entre as camas. Isso é muito complicado” –
disse o presidente Pedro Paulo Santana.
A questão da saúde dos idosos também enfrenta
grandes problemas – “Precisamos de um assistente social e não temos como
pagá-lo. Cada um dos que aqui moram, precisam de um relatório mensal que temos
que apresentar à vigilância e isso não está sendo feito. Também pagamos uma
médica para atendê-los e isso sai caro para nós que já enfrentamos sérios
problemas financeiros. Recebemos luvas, formulários e medicamentos básicos da
farmácia municipal, mas a maioria é comprado ou recebido através de doações.” –
afirmou a administradora Luzia de Fátima Machado.
Outro fator que os administradores do local sentem
muita falta é da presença e participação ativa dos moradores da cidade, pois
90% dos voluntários não fazem parte da população de Pinheiral – “As pessoas de
Pinheiral poderiam participar mais de nossas ações. A população da cidade, em
sua maioria, não vem ao asilo. Os moradores de Volta Redonda são os que nos
visitam mais, inclusive são eles que realizam as festas de aniversariantes do
mês. Precisamos também contar com os pinheiralenses” - desabafou Eliege
Barbosa.
Depois de ouvir as exposições e aflições que lá enfrentam,
o prefeito Arimathéa declarou que é preciso ter uma olhar sobre as
oportunidades – “Na verdade, o que se percebe é que o asilo ainda não teve um
olhar sobre as oportunidades de captação de recursos. É impossível que recebam
1.800 reais há 10 anos. Falta comprometimento do município em buscar os
mecanismos para captar recursos. Temos que caminhar junto” – disse.
Arimathéa e Patrícia Rivello sugeriram que uma
política de interação com a comunidade seja estabelecida – “Na maioria das
vezes, as coisas não acontecem porque cada vez mais as pessoas estão dentro de
casa. Hoje não temos mais o relacionamento que antigamente construíam as relações
de interação. Precisamos construir uma politica de comunicação social do asilo
e para isso vamos destinar alguns espaços na cidade para divulgar e convidar as
pessoas a visitarem o asilo. Isso parece uma coisa tão primária, tão sem valor,
mas muitas pessoas não sabem que o asilo passa por tantas dificuldades” – disse
o prefeito.
Ainda dentro dessa política de comunicação, o
prefeito também sugeriu a criação de um informativo mensal sobre o trabalho do
asilo - “Precisamos ajudar a dar visibilidade ao trabalho que o asilo faz e
consequentemente os resultados aparecerão. O asilo, por exemplo, tem uma
campanha de sócios que muita gente desconhece. Podemos incentivar esse trabalho
na comunidade, com os comerciantes e donos de grandes empresas” - declarou.
O
prefeito se comprometeu a estabelecer uma parceria com o IFRJ para a realização
de caminhadas semanais com os idosos – “Faremos um trabalho de parceria com os
alunos mais maduros para serem acompanhantes semanalmente na realização de
passeios com os idosos. Realizaremos uma sensibilização interna para que 20
alunos doem 2 horas de seu tempo para esse trabalho voluntario” - afirmou.
Também
em parceria com o IFRJ e respeitando os limites de cada um, buscaremos a
construção e manutenção de uma horta onde os próprios idosos cuidaram e
colherão os produtos – “Faremos alguns canteiros em frente ao asilo e dentro da
escola para que os próprios alunos e funcionários auxiliem os auxiliem no
plantio” – declarou o prefeito.
Com
relação à saúde, Arimathéa pediu um tempo e um pouco de paciência aos
diretores, mas se comprometeu a colocar o asilo sob a responsabilidade do PSF
do centro. Já a assistente social, ficou acordado que, inicialmente um
profissional da área irá uma vez por semana para atendê-los.
A
questão financeira também obteve solução –“Precisamos buscar recursos do
governo para o asilo. Vamos estudar essa possibilidade e correr atrás. Ainda
não tive nenhuma discussão financeira na prefeitura, mas já me comprometo desde
já, que nesses três primeiros meses do ano vamos elevar a subvenção para R$ 12.500” – afirmou.
Outro
fator e novidade apresentada aos administradores do Asilo Recanto dos Velhinhos
Francisco Gonçalves Barbosa foi o fato de que todas as empresas que vierem a se
instalar em Pinheiral terão um compromisso social - “A empresa está recebendo
um benefício da cidade e será exigência nossa e faz parte da nossa política de
desenvolvimento econômico. Todas terão que adotar uma creche, uma escola, uma
praça ou até mesmo o asilo. Isso é compromisso de nossa gestão” – declarou o
prefeito de Pinheiral.
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