O
ex-jogador de futebol João Rodrigo, de 35 anos, que disputou duas temporadas
pelo Volta Redonda, foi assassinado na madrugada desta terça-feira em Realengo,
na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O crime foi praticado com requintes de
crueldade. Ele foi decapitado e sua cabeça foi deixada dentro de uma mochila na
porta da casa em que morava com a esposa, uma policial militar lotada na Unidade
de Polícia Pacificadora de São Carlos, também Zona Norte da cidade.
O
crime teve grande repercussão no Rio, mas o que quase ninguém sabia é que João
Rodrigo Silva Santos, atualmente proprietário de uma loja de produtos naturais,
atuou em vários times de futebol do estado, entre eles o Voltaço. João Rodrigo
jogou também, entre outros times, pelo Bangu, Madureira, Botafogo (DF) e em
equipes da Suécia e de Honduras.
João
começou a carreira nos juvenis do Bangu, aos 16 anos. Entra idas e vindas
permaneceu no clube de 1996 a 2005. Em 1998 foi emprestado ao Olimpia, de
Honduras, retornando em 1999. Foi o artilheiro do time alvirrubro no Campeonato
Brasileiro da 2ª Divisão de 2000, salvando o Bangu em diversas partidas,
inclusive no duelo das oitavas-de-final contra o São Raimundo (AM).
Em
2003 foi emprestado novamente, indo jogar no Oster, da Suécia. Em 2004 foi
vendido para o Madureira, mas logo no ano seguinte retornou ao Bangu por
empréstimo. Ele ainda jogou no Remo, no Tigres, no Duque de Caxias, no Olaria e
no Bonsucesso. Em nota, a diretoria do Volta Redonda lamentou a morte do
ex-jogador.
No
Voltaço, o ex-atacante foi o artilheiro do time que sagrou-se campeão da Série
B do Estadual em 2004. Em 2006, ele voltou ao clube disputando o Campeonato
Estadual e a Copa do Brasil.
CRUELDADE
– Um amigo revelou que João não tinha inimigos, mas que sua loja havia sido
assaltada há pouco tempo. Um cunhado revelou que testemunhas viram homens
levando o ex-jogador em seu próprio carro. Ele contou ainda que quem viu a
cabeça de João disse que ele estava sem os olhos e sem a língua.
Depois
de esperar João durante toda a madrugada, a mulher, com quem ele era casado há
11 anos, encontrou a cabeça por volta das 6 horas. ApPolícia ainda não tem
informações de qual seria motivação do crime, mas as primeiras informações
coletadas por policiais do 14º Batalhão de Polícia Militar (BPM) indicam que
João teria sido assassinado por traficantes das favelas Minha Deusa, Vila
Vintém ou Curral. A Divisão de Homicídios da Polícia Civil está investigando o
caso.