Gabriel morreu 10 dias depois do acidente |
Um
caso de troca de cadáveres provocou uma confusão entre duas famílias, sendo uma
de Barra Mansa. Na ultima quarta-feira morreu no Rio de Janeiro o garoto
Gabriel Felicio Araujo de Abreu de 11 anos, morador do bairro Vista Alegre, que
havia sido eletrocutado no dia 23 de maio ao tentar pegar um brinquedo num fio
de alta tensão. O corpo foi levado para o IML de Campo Grande, onde foi
depositado num caixão lacrado. O caixão, com o suposto corpo da criança foi transferido
para Barra Mansa, onde permaneceu fechado, foi velado e enterrado na ultima
quinta-feira. No fim de semana, porém, parentes de uma mulher que morava em
Campo Grande foram no IML para liberar o corpo dela. Foi quando constataram que
o cadáver havia sido trocado pelo do menino. O caso foi registrado na 35ª
Delegacia de Campo Grande. Os agentes da
delegacia entraram em contato com a familia perguntado se eles realmente tinham
enterrado o Gabriel. Como o corpo estav deformado, os parentes mais próximos
foram impedidos por amigos de se aproximarem do caixão, que ficou aberto
expondo apenas parte do rosto. Pessoas que estiveram no velório revelaram que
estava irreconhecível a figura do menino, mas que pela gravidade dos ferimentos,
acreditaram ser normal o estado de deformação. Quando a familia da mulher
reconheceu o corpo de Gabriel no IML, foi que a familia de Barra Mansa teve uma
surpresa e, novamente tiveram que entrar no caminho da burocracia para
liberação do corpo. Ontem no fim do dia o corpo da mulher foi exumado, e a
troca de cadáveres foi feita. Gabriel foi sepultado no mesmo local onde estava
enterrada, por engano, a mulher. A família dele quer justiça e alega descaso do
hospital Dom Pedro II, em Santa Cruz onde o menino foi enviado para ser
socorrido. Os familiares querem também entrar com uma ação contra o IML de Campo
Grande, pelo descaso com os corpos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário