Na
ultima postagem do Blog eu trouxe uma matéria extraída do Jornal Folha de São
Paulo desta terça-feira (11/06) : “Taxa de Suicídio entre jovens cresce 30% no
Brasil em 25 anos”. Quem leu estará mais atento às palavras dessa crônica. Quem
não leu, seria interessante que desse uma lida, já que é um assunto pouco
difundido na mídia.
Só
que antes de tecer uma filosofia sobre tal tema, antes de me deparar com essa
matéria, que foi a primeira que li no dia de hoje, quando ainda despertava para
trabalhar, ontem eu comprei o exemplar de junho da revista Superinteressante,
da editora Abril. A matéria de capa traz a ilustração de uma jovem, com as mãos
no rosto e o seguinte título : “Como lidar com a tristeza?”.
No
mesmo dia que comprei, li a tal matéria, que traz o seguinte dado : “Mais de
350 milhões de pessoas no mundo sofrem de depressão” ou “5% da população
mundial tem depressão”. Vale lembrar que a própria matéria traz a explicação
que diferencia tristeza de depressão. Mas sabemos que se não for tratada, a
tristeza tem grandes chances de virar depressão.
O
fato meus amigos é que criamos em nós hoje uma base confortável e sólida para a
instalação da tristeza e da depressão. Esses males quase sempre geram também o
suicídio.
Queria
está sim exagerando, mas o mundo está empurrando a humanidade para isso. Não o
mundo em si. O sistema que a própria humanidade implantou no mundo. Em
sociedades desenvolvidas e em desenvolvimento esse cenário é bem maior.
Criamos
o capitalismo. E nele o prazer do “ter”.
Criamos
o status. E nele o prazer de “ser”.
“Ter”
alguma coisa e “ser” alguma coisa conta muito nos tempos modernos. Quem
consegue pode ter mais facilidade para não ser abatido pelos males da tristeza
e da depressão, embora haja casos de pessoas bem resolvidas na vida que cometem
suicídio ou que tem a alma perturbada. Mas aqueles que não conseguem, ah!!
Esses são as maiores vitimas desses males.
São
pessoas como eu e você. Que sonhamos alto, como a mídia gosta de impor.
Talvez
você esteja se questionando se realmente tem tentado se encaixar em algum
padrão elevado, e se esse texto é para você realmente. Lamento dizer que sim.
Esse texto serve para todos nós que trabalhamos, sonhamos e somos pressionados
para fornecer o melhor. Esse texto é para nós que tentamos a cada dia sermos
mais que úteis na vida das pessoas. Esse texto é para nós que estamos a cada
dia mergulhados no desejo de sermos bons filhos, pais, namorados, irmãos,
amigos, profissionais e etc. Esse texto é para nós que morremos de medo de
sermos substituídos em algum momento da vida por pessoas melhores, seja no
campo afetivo, seja no campo profissional. E que atire a primeira pedra quem
não luta para ser o melhor a cada dia mais.
Não
sejamos hipócritas de negar isso. E tenhamos a sabedoria de reconhecer que essa
luta desenfreada é que tem causado esse fantasma sombrio da tristeza, da
depressão e do pensamento em suicídio.
Só
que nem tudo está perdido. Uma vez um homem esteve aqui na Terra e disse coisas
jamais imaginadas por seres tão limitados como o ser humano.
Esse
homem mostrou caminhos, soluções e apontou saídas. Ele não trouxe em sua bagagem
conhecimento de ensino superior, e nem a tão sonhada sabedoria dos reis. Ele
trouxe apenas coisas abstratas, que necessitam ser cultivadas de dentro de cada
ser humano.
Coisas
como a fé, o amor, a esperança, a humildade e outras mais. Coisas que a
correria do dia jamais pode alcançar, já que muitas vezes nos faz tomar o
caminho inverso.
Não
quero aqui pregar religião. Até porque esse não é o objetivo do blog. Mas como membro
da imprensa, e membro dessa sociedade que luta pelo pão de cada dia e é
massacrada pelas desigualdades de um sistema covarde e elitizado, acho que
tenho a necessidade de citar aqui nesse texto Jesus Cristo.
Até porque
toda vez que cito o suicídio, a tristeza ou a depressão, sou surpreendido por
alguém dizendo que: “Falta Cristo na vida dessas pessoas”.
E
concordo! E vou dizer o porque. Ultimamente temos perdido o caminho da
espiritualidade. Acredite ou não, o homem possui uma alma, que necessita de ser
cuidada, alimentada e lapidada. E ao sermos esmagados pelos ambiciosos projetos
do sucesso, nós vamos perdendo as armaduras que protegem a alma do sossego. Com
a alma fraquejada, o corpo começa a ficar vulnerável, e também sofre seus
desgastes.
A
partir daí, surgem os males citados nesse texto. Infelizmente o cenário é
triste, e a procura pela verdade escassa. No meu ponto de vista as coisas podem
melhorar ou piorar. Não ouso dizer o que vai acontecer, mas algo vai acontecer.
Espero que positivo, não sei.
Munido
de minha fé eu apenas tenho que continuar fazendo a minha parte : agradar a
minha alma, sem desligar-me de meus sonhos. Isso é difícil, mas é possível e
gratificante. A vocês compartilho a preocupação com esses dados expostos nas
matérias da Super e da Folha. E peço para que, se possível, se esforcem para
identificar esses males em suas vidas, ou na vida de pessoas próximas. Um forte
abraço!!
Johnata
Amado
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