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terça-feira, 6 de novembro de 2012

Sindicato dos Metalúrgicos lembra 24 anos da morte de operários da CSN


Com o objetivo de manter viva a memória da grande greve acontecida na CSN no ano de 1988, o Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense prepara um resgate à história através de um evento no dia em que se completam 24 anos do assassinato dos operários Willian, Valmir e Barroso, em 9 de novembro de 1988, quando o exército invadiu a CSN. Segundo Renato Soares, presidente do Sindicato, com a memória do passado é que é possível imaginar que no futuro esse episódio não acontecerá mais. Só para lembrar, no dia 7 de novembro de 1988 os metalúrgicos da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda, entraram em greve e ocuparam a usina. A greve tinha como principais reivindicações a readmissão dos trabalhadores demitidos por perseguição política; a redução de 8 para 6 horas da jornada de trabalho para as atividades ininterruptas; e reajuste salarial. Na noite de 9 de novembro, o presidente José Sarney autorizou o exército a invadir a fábrica, sob o comando do General José Luiz Lopes. Soldados do exército, vindos de Valença e Petrópolis e do Batalhão de Choque da Polícia Militar dispersaram uma manifestação pública pacífica que acontecia em frente ao Escritório Central da CSN, transformando o centro da Vila Santa Cecília em um verdadeiro campo de batalha. Os militares invadiram a fábrica, atirando nos operários. Dezenas de trabalhadores foram feridos e três foram mortos. William Fernandes Leite, de 22 anos; Valmir Freitas Monteiro, de 27 anos; e Carlos Augusto Barroso, de 19 anos, perderam suas vidas nesta invasão do exército. Após o assassinato destes três operários, os trabalhadores continuaram a sua greve até a conquista de suas reivindicações e a retirada do exército da cidade, o que aconteceu em 23 de novembro.

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