Com o objetivo de
manter viva a memória da grande greve acontecida na CSN no ano de 1988, o
Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense prepara um resgate à história
através de um evento no dia em que se completam 24 anos do assassinato dos operários
Willian, Valmir e Barroso, em 9 de novembro de 1988, quando o exército invadiu
a CSN. Segundo Renato Soares, presidente do Sindicato, com a memória do passado
é que é possível imaginar que no futuro esse episódio não acontecerá mais. Só
para lembrar, no dia 7 de novembro de 1988 os metalúrgicos da Companhia
Siderúrgica Nacional (CSN), em
Volta Redonda, entraram em greve e ocuparam a usina. A greve
tinha como principais reivindicações a readmissão dos trabalhadores demitidos
por perseguição política; a redução de 8 para 6 horas da jornada de trabalho
para as atividades ininterruptas; e reajuste salarial. Na noite de 9 de
novembro, o presidente José Sarney autorizou o exército a invadir a fábrica,
sob o comando do General José Luiz Lopes. Soldados do exército, vindos de
Valença e Petrópolis e do Batalhão de Choque da Polícia Militar dispersaram uma
manifestação pública pacífica que acontecia em frente ao Escritório Central da
CSN, transformando o centro da Vila Santa Cecília em um verdadeiro campo de batalha.
Os militares invadiram a fábrica, atirando nos operários. Dezenas de
trabalhadores foram feridos e três foram mortos. William Fernandes Leite, de 22
anos; Valmir Freitas Monteiro, de 27 anos; e Carlos Augusto Barroso, de 19
anos, perderam suas vidas nesta invasão do exército. Após o assassinato destes
três operários, os trabalhadores continuaram a sua greve até a conquista de
suas reivindicações e a retirada do exército da cidade, o que aconteceu em 23
de novembro.
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