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sábado, 3 de dezembro de 2011

Limite: uma questão de opção

Hoje, dia 3 de dezembro, é um dia dedicado aos cidadãos portadores de deficiência. Hoje é o dia Internacional do Portador de Deficiência. Antes de entrarmos no assunto em si vamos ver como é definida a palavra "deficiência": De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o conceito de deficiência é usado para definir a ausência ou a disfunção de uma estrutura psíquica, fisiológica ou anatômica. Pois bem, através dessa definição podemos entrar no que realmente interessa: a limitação. 
Ultimamente tenho visto muitas pessoas deficientes, sobretudo fisicamente, inseridas no mercado de trabalho. Não é por menos, pois está previsto em lei essa inserção. Contudo eu acho fascinante a maneira com que esses funcionários especiais lidam com o cotidiano do trabalho. A alguns dias atrás eu fui em um supermercado e, se não fosse por uma análise detalhada, eu não imaginaria que o garoto que me atendeu não possuia parte do braço. A agilidade com que embrulhava as compras me fez sentir vergonha de quando reclamo que tenho apenas dois braços para fazer zilhões de coisas. 
Além desse garoto, eu já vi vários realizando suas atividades e, fico feliz, quando meus olhos se acomodam a ver essas pessoas trabalhando. Confesso que antes eu achava um absurdo, coisa de outro mundo. Mas hoje não. Hoje acho isso fascinante. Até porque eu imagino como eles, ao receber o salário no final do mês, se sentem. É o mesmo sentimento de quando eu recebi o meu primeiro ordenado. Um sentimento de que somos uteis. 
Quando à limitação, eu, particularmente, acredito que seja opcional. E quem discordar, procure ver um pouco dos vídeos dos jogos ParaOlímpicos. Tenho certeza de que você irá me dar razão. 
Contudo eu nunca precisei duvidar dessa minha filosofia. Tenho amigos que são deficientes mas que, independente disso, curtem a vida até mais do que eu. Vejo muitas pessoas reclamando da vida, das dificuldades e de mais e mais coisas. Sinceramente eu não posso julgar ninguém por isso. Lamentações são peculiares da humanidade. Entretanto eu procuro me disciplinar. E faço isso observando a natureza e o ambiente que me ronda. Assim penso duas vezes e reflito para ver se realmente eu tenho razão para me lamentar de algo. 
Quem me conhece sabe que desde sempre eu sou um admirador de pessoas deficientes, sobretudo os que tem deficiência mental. Dentre os sonhos que possuo, um deles é abrir instituições para abrigar e trabalhar com pessoas assim. Gosto bastante de psicologia e isso me instiga em querer conviver com pessoas com deficiência mental. Acho interessante o modo pelo qual eles observam o mundo. 
E falando nisso é interessante, sem fugir do contexto, analisarmos a nossa realidade (que é diferente dos deficientes mentais). Temos um mundo globalizado, técnico e mecânico. E para os que possuem deficiência mental, assim como para as crianças, toda essa mecanização, ganham um aspecto mais humanizado. 
 Voltando para o deficiente em geral, para finalizar, quero citar uma frase que eu li em alguns de meus rascunhos, cujo autor eu não me recordo:
"Deficiência é não enxergar nas pessoas, as suas verdadeiras eficiências"
Então meus amigos vamos pensar nisso para não ser injusto com ninguém e, acima de tudo, vamos olhar para esses amigos especiais com mais atenção, pois ainda temos muito a aprender sobre o que é verdadeiramente perfeição.
Johnata Augusto Rodrigues Amado de Carvalho

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