Dois mil anos se passaram. Há pouco mais de dois mil anos a Terra habitava um povo que teve o privilégio de ver em ação o Homem que conduziu a vida da humanidade para o caminho de Deus. Um Deus que salva e liberta. Um Deus que é amor e, acima de tudo, Real. Esse povo que outrora viveu numa sociedade admirada com as, até então, impossíveis ações feitas por um homem, era um povo que, assim como o povo atual, vivia da maneira em que a realidade ditava. Os tempos são outros. Estamos num estágio avançado de progresso, em que a evolução é a chave de toda sabedoria. Porém temos um povo bem semelhante ao povo de dois mil anos atrás. E isso é algo fácil de ser explicado. O ser humano, assim como os outros animais, são apenas seres humanos. Nenhuma tecnologia a mais vai ser capaz de mudar a essência da vida que brota, reproduz e morre.
Outra análise que pode ser feita é sobre o comportamento dos povos atuais em relação aos povos passados. Há membros em meio ao luxo, a riqueza e ao poder. Há seres na região intermediária da sociedade, onde o equilíbrio prevalece. E há os membros que compõem a miséria. Onde a doença e a exclusão marcam presença.
Até ai tudo bem! Esse modelo de humanidade é normal em todos os tempos.
O que mais me intriga é essa oposição que se faz a Deus. Ora, estamos pouco mais de dois mil anos vivendo com a figura de Cristo carimbada em nossa história e, o que se vê, é uma regressão de grande parte da humanidade em relação à fé.
Depois da vinda de Cristo, doutrinas diversas surgiram. Doutrinas em que Jesus é a salvação e outras que fazem oposição ao Filho de Deus.
Contudo o que não era imaginado para o futuro de uma sociedade progressista era essa decadência da fé. Embora a força da oposição ao Criador sempre fosse algo notável, não era imaginado que seria algo tão imenso a ponto de recrutar as “ovelhas” para a propagação do mal.
Pode ser exagero, até porque aqui, na autoria desse texto, também há uma “ovelha” frágil e falha. Porém não podemos fechar os olhos para a realidade do povo de Deus. Serei até mais especifico citando a Igreja Católica Apostólica Romana. Isso porque, depois dessa evolução em que a humanidade se viu livre para ser feliz, não há doutrina que seja mais fuzilada do que a doutrina da Igreja Católica.
Isso porque a Igreja Católica sempre foi muito conservadora. Sempre foi padronizada. E isso desgastou muito os pilares dessa doutrina. Até porque o progresso ganhou nossas vidas de maneira tão veloz e radical que as bases conservadoras, de vários setores das diversas sociedades, foram rompidas. E como a Igreja Católica se manteve firme em sua postura, se tornou alvo fácil desse bombardeio progressista.
O mundo contemporâneo prega a liberdade total dos seres humanos. Chegou a hora de nos libertamos das grades dos viveiros de nossa existência. O homem não pode mais ter seus desejos oprimidos. Ainda mais se essa opressão for algo de origem milenar em nome de Deus que, para a sociedade atual, é um Deus libertador.
De fato meus amigos, a liberdade de expressão é direito supremo de todos nós. Por muitos anos várias vozes e desejos foram sufocados. Entretanto, para que as vozes e os desejos atuais sejam de bom proveito no contexto progressista em que estamos envoltos, se faz necessário uma reflexão aprimorada sobre diversas questões.
Uma dessas questões é o esgotante assunto do homossexualismo. Por conta disso, a fé de muitos foi abalada. Por conta disso a figura de Deus vai morrendo na mente das novas gerações.
Assim como a Igreja Católica Apostólica Romana, não sou contra o homossexualismo. Até porque não podemos e nem temos o direito de julgar ninguém. Extremamente ninguém. Seja pelas leis do homem, seja pelas leis de Deus. O que a doutrina Católica e eu, em minha particular percepção, defendemos é o respeito ao nome do Senhor. Não é justo julgar o desejo e a preferência do próximo, assim também não é justo unir, em nome de Deus, pessoas do mesmo sexo.
Poderíamos argumentar que é contra a lei da natureza e por ai em diante. Só que a questão aqui é tentar, por meio de uma opinião pessoal, clarear a situação atual.
E para melhor sintoniza-los, essa questão foi levantada depois das atitudes de alguns espanhóis na visita do papa Bento XVI ao país no dia 18 de agosto de 2011.
Antes a visita do papa num país era motivo de privilégio. Ouve casos em que ouve protestos a presença da Vossa Santidade em alguns paises. Mas o que aconteceu na Espanha, além de protestos contra o governo, foram protestos contra a doutrina Católica. E justamente o motivo foi a questão do homossexualismo.
É de conhecimento geral que a Igreja Católica por muitos anos agiu de maneira incorreta. Ouve repressão a muitas pessoas com relação a muitas questões. Sobretudo a questão de bruxaria. A história não me deixa mentir. Só que o que se vê hoje é o processo quase que inverso. A Igreja e seus fiéis estão sendo massacrados por essa “evolução”. Sobretudo porque novas doutrinas aceitaram usar o nome de Deus para apoiar a “liberdade” de expressão das pessoas.
E esse processo inverso reforça a idéia de que, a Igreja com sua Doutrina age de maneira correta. Se lembrem que as repressões e julgamentos dos filhos da Igreja no passado, foram equivocados. Assim é equivocado também o julgamento que grande parte da sociedade faz da Igreja.
Antes que entremos num conflito de opiniões, na parte final desse texto, que foi mais um desabafo, do que propriamente um material jornalístico, é válido ter um pouco mais de sensibilidade em relação a posição que assumiremos perante a evolução que se sucede e aos princípios da Igreja. Ouso dizer que a Igreja é mais o reflexo do Deus libertador do que essa evolução libertadora. A história de dois mil anos de uma doutrina fundada por Cristo evidencia isso.
Enfim, vejo um futuro com olhos otimistas. Olhos otimistas, não pela atitude crua de meus semelhantes, mas pela atitude dos irmãos que se deixam agir pela luz divina do Espírito Santo. Olhos otimistas pelo fato de existir a fé. Fé essa que conserva a vida de muitos mártires que sangraram pela liberdade. Uma liberdade com propósitos muitos mais carregados de sabedoria. E uma sabedoria que dá frutos a conhecimentos muito mais significativos e úteis para as gerações futuras.
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