Agentes
da Subsecretaria de Inteligência (SSINTE) da Secretaria de Segurança e da
Corregedoria da Polícia Militar deflagram, nesta terça-feira, dia 29, a
Operação Compadre. O objetivo é cumprir 78 mandados de busca e apreensão e 78
mandados de prisão. Destes, 53 foram expedidos contra policiais militares, sete
contra policiais civis e 18 contra civis (não policiais). A partir das
investigações da SSINTE e da Corregedoria da Polícia Militar, que duraram seis
meses, foi constatado o envolvimento de policiais civis e militares na cobrança
de propina de comerciantes que trabalham em feiras de Bangu e Honório Gurgel,
além dos pontos de moto táxis da região abrangida pelo 14º BPM (Bangu). Os
mandados de prisão expedidos contra policiais civis estão sendo cumpridos por
agentes da Corregedoria da Polícia Civil (Coinpol). As investigações tiveram
início após denúncia de cobrança de quantias em dinheiro de comerciantes e
camelôs em três feiras. Feirantes e comerciantes com mercadoria ilícita
(‘piratas’ ou produtos de roubo) eram obrigados a pagar à quadrilha para não
serem incomodados. Vendedores de mercadoria lícita, porém sem autorização da
Prefeitura, também pagavam, porém valor inferior. Em flagrantes feitos pelas
equipes de Inteligência da Secretaria de Segurança foi detectado ainda que um
homem, que se passava por policial civil, e policiais militares repartiam o
dinheiro recolhido com duas viaturas que costumavam parar sistematicamente para
recolher a propina. Passou-se então a se investigar um esquema de corrupção
envolvendo policiais do 14º BPM (Bangu), da 34ª DP (Bangu) e da Delegacia de
Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM). Durante a
apuração da denúncia, moto taxistas revelaram não possuir carteira nacional de
habilitação e não trafegar de acordo com as leis de trânsito. Foi identificado
que muitos moto taxistas faziam ainda o transporte de drogas para usuários. Com a propina paga aos policiais, as irregularidades
não eram combatidas. As corregedorias das polícias Civil e Militar já
instauraram procedimentos investigativos. Graças ao fortalecimento do trabalho
das Corregedorias, desde 2008 foram excluídos de suas corporações mais de 1400
policiais civis e militares.
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