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sábado, 27 de abril de 2013

Marco Civil na Internet: Censura ou Não? Parte II Deputado aposta em serviço positivo ao usuário



Na edição 2013 do Canal Aberto, do UBM (Centro Universitário de Barra Mansa), esteve em pauta um assunto um tanto quanto polêmico, mas ao mesmo tempo ainda discreto para a sociedade civil: o Marco Regulatório na Internet. O projeto nada mais é do que a criação de leis para quem navega e para quem promove a navegação dos brasileiros na internet.
Chama a atenção porque hoje em dia a vida de muitas pessoas, inclusive a minha, está majoritariamente ligada às redes. Seja para relacionamentos nas redes sociais, para trabalho, pesquisas, estudos e outras coisas mais, o brasileiro está conectado. E hoje temos na Câmara dos Deputados um projeto que visa legislar os movimentos na internet.
Assim como muitos, não me atentei para esse projeto, ao qual alguns artigos tratam como censura nas redes. Na boa, pra mim, ter leis na internet não é nada interessante, já que eu poderia colecionar uma série de processos com algumas postagens desse humilde blog.
Pois bem, fui na faculdade ontem (sexta dia 26 abril), e me deparei com mais uma edição do Canal Aberto que tratava justamente desse projeto de lei. Na bancada de debates uma jornalista, um professor renomado de Direito e um Deputado Federal, relator do projeto na Câmara.
Vou me atentar nesse artigo somente nas declarações do Deputado, Alessandro Molon (PT). Até porque ontem a figura principal era ele, que esclareceu alguns pontos desse Marco Civil.
Sinceramente, eu não costumo ser flexível com declarações de políticos. Mas gostei da explicação do prezado Deputado e não vi pontos que configurem censura na rede. Pelo que entendi, as “leis” expressas no projeto vão beneficiar mais os usuários, do que os provedores de internet (essas máquinas de extorsão das redes). Na postagem anterior expressei teoricamente linha a linha do Marco Civil para que você amigo leitor possa entender por si mesmo do que se trata.
Pois bem, em suas declarações Molon explicou com riqueza de detalhes os passos de alguns artigos do Marco Civil na Internet. Mostrou, por exemplo,  como será mais democrática a velocidade de acesso aos grandes e pequenos sites, já que hoje, pasmem, os grandes sites pagam para que os provedores disponibilizem mais velocidade de acesso aos seus conteúdos (por isso que quando entro no Facebook parece que é uma viagem de jato, enquanto que quando busco entrar no meu humilde blog parece que estou viajando de Teco-Teco).
No projeto constam ainda leis que protegem a integridade do usuário, mas que não permitem o anonimato. Talvez esse seja o ponto em que as pessoas consideram censura. Aqueles “Fakes” e também os “Hackers” teriam uma grande dificuldade de se esconderem atrás de suas “nerdisses” para praticarem os crimes cibernéticos. Ora minha gente, cá pra nós, se estamos na internet queremos o mínimo de privacidade e segurança, certo? Então porque contestar um conjunto de leis que nos garantirá essa segurança?
Ilusão é pensar que Liberdade de Expressão nos concede direitos ilimitados. Sempre esbarramos nos direitos alheios quando queremos nos expressar. Mas mesmo assim nos sentimos livres nessa falsa Liberdade de Expressão. E na internet o papel é quase que inverso, já que falsos perfis (fakes) nos iludem, nos humilham e não são combatidos, porque o judiciário não tem artigos que lhe garantam poder de punição contra práticas de cyberbullyng, invasão de privacidade (como fazem os hackers) e tantas coisas mais.
Até concordo que no Brasil as leis são para inglês vê, mas sem elas nem mesmo o melhor promotor consegue mover um músculo. Estamos com 18 anos de internet funcionando sem leis, e hoje em dia vemos algumas pessoas prejudicadas com isso.
É preciso responsabilidade para navegar, e isso só é possível com limites. Já disse e repito que não rezo na cartilha de políticos e tampouco sou fã do PT, mas vejo que esse Marco Civil na Internet é algo que deve ser aprovado sem mais delongas. E acho que deveríamos usar as nossas próprias redes sociais para incentivar a Câmara dos Deputados a acelerar a votação desse projeto.
Chega de provedores dominantes e chega de pagar um preço absurdo por uma tecnologia defasada que é hoje a internet no Brasil. Tá na hora de nos desprendermos dessa dependência da imprensa, e começarmos a contestar, a falar, a nos expressar e a formar opiniões.
Vejo tantas pessoas querendo ser jornalistas por um dia, como donos da verdade, então porque não fazer isso no seu facebook, no seu email ou seja lá onde  for?
Acho que tá na hora de usarmos a internet para algo mais produtivo, e por isso eu gostaria de ver em pauta, o mais rápido possível, a votação do Marco Civil da Internet.
Saudações, Johnata Amado

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