Três
em cada dez vítimas de extorsão praticada por policiais militares no País são
do Rio de Janeiro. Segundo dados preliminares da Pesquisa Nacional de
Vitimização, divulgados pelo Ministério da Justiça, o Estado é o que concentra
o número mais elevado de vítimas desse tipo de crime e responde sozinho por
mais da metade das vítimas em todo o Sudeste. Somando os quatro Estados do
Sudeste, 1.098 pessoas relataram casos em que tiveram que pagar propina a
policiais militares, 619 delas no Rio de Janeiro. O número representa 7,2% dos
entrevistados no Estado (8.550 pessoas) e 30% das vítimas desse tipo de crime
em todo o Brasil. Do total de 78 mil entrevistados em todo o País, 2,6%
disseram ter sido vítimas de extorsão praticada por policiais militares e a grande
maioria (97,4%) disse nunca ter pago propina a um policial. De acordo com o
levantamento, que segundo o Ministério da Justiça tem o objetivo de comparar o
número de ocorrências criminais na população com os dados oficiais registrados
pelas polícias, São Paulo aparece em segundo lugar no ranking, com 373 pessoas
tendo vivido esse tipo de situação. O número corresponde a 1,8% dos
entrevistados no Estado (21.209) e a 18% das vítimas no País. Roraima e Acre,
ambos no Norte, são os estados com menos vítimas desse tipo de extorsão. Nos
dois Estados apenas uma pessoa entre as entrevistadas relatou ter dado dinheiro
a policiais militares, número que corresponde a aproximadamente 0,04% do total
de vítimas. Ainda segundo o levantamento, 61,6% dos entrevistados consideram
que os policiais militares fazem "vista grossa" à desonestidade dos
colegas de corporação.
Pesquisa
também levantou corrupção de policiais civis
A
pesquisa também revela dados relativos à extorsão praticada por policiais
civis. Do total de 78.006 entrevistados, 0,8% disseram ter sido vítima desse
tipo de situação, contra 99,2% que negaram. O levantamento aponta que, nesse
caso, São Paulo aparece em primeiro lugar do ranking, com 170 vítimas. O número
corresponde a 0,8% dos entrevistados no Estado (21.213) e a 28% do total de
vítimas no Brasil. Em seguida, está o Rio de Janeiro, com 102 vítimas; 1,2% dos
entrevistados no Estado (8.550) e 17% das vítimas considerando todo o
País. A Polícia Militar do Rio de
Janeiro (PM-RJ) informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que ainda não
tem nenhum posicionamento oficial em relação aos dados da pesquisa.
É
interessante esses números aparecerem num dia em que eu recebi duas denúncias a
respeito do assunto. Na semana passada, pasmem, fiquei sabendo nos papos com
pessoas entendidas do assunto que a maior parte dos desmanches de carros no
Estado do Rio, tem o dedo da polícia. Não vou citar aqui qual polícia, até
porque não posso provar nada e muito menos quero tomar um processo. Mas não
duvido das minhas fontes. E não duvido também de dois amigos que me relataram terem
perdido uma graninha para a polícia, em Barra Mansa. Ambos os fatos aconteceram
num local bem conhecido dos aspirantes a motoristas: bem naquela rua atrás do
Senai de Barra Mansa, onde o Detran realiza suas provas.
Ali
vez ou outra uma boa alma costuma ensinar outra a dirigir. Embora o Código de
Trânsito realmente, de forma precipitada, considera algo super irregular essa
prática de treinar pessoas não habilitadas, isso não justifica a ação de alguns
policiais que atuam na área. Atuam não né, vão pra lá ganharem dinheiro mesmo.
São verdadeiros bandidos fardados, que realizam extorsão, de cara limpa e na
certeza da impunidade. Os números acima com certeza são bem maiores. Isso
porque muitas pessoas, extorquidas pela polícia, tem medo de denunciar. Medo,
porque são “protegidos” pela mesma corja que assalta, rouba seus carros e são
coniventes com o tráfico. É claro que há muitos policiais bons e dignos de
estarem fardados, como verdadeiros guerreiros. Mas tem muitos ai que não valem
nada, e que agem como verdadeiros bandidos, como esses que citei agora a pouco,
que vão lá para a rua atrás do Senai, extorquir pessoas de bem que só querem
aprimorar seu aprendizado na direção. Fica aqui meu relato, como desabafo, como
critica e, sobretudo, como alerta a você que pretende aprender a dirigir lá na
rua de trá do Senai.
Johnata
Amado
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