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quarta-feira, 13 de julho de 2011

Crônica: Elas e Eu


A vida nos reserva tantas coisas interessantes a ponto de nos fazer construir histórias e mais histórias. Comigo não é diferente. Também, no alto de minha juventude, tenho a capacidade de, mal ou bem, construir minhas histórias. Não se preocupem, não é nada de dramático, como geralmente costuma ser histórias de adolescentes.  Para falar a verdade, chega a ser engraçado a maneira como se dá o relacionamento entre “elas e eu”.
Minha natureza masculina me reserva o direito de, respeitosamente, desfrutar o fruto cobiçado no quintal oposto da sexualidade. Digamos sem rodeios que, como homem tenho o livre arbítrio de desejar as mulheres.
Por algum tempo, lá no inicio, quando guri, fazia isso de maneira secreta. Até porque criança tem que estudar e brincar e nada de namorar. Tudo bem, esse relacionamento entre “elas e eu”, mesmo que restrito, acontecia de maneira divertida e natural.
Na adolescência, meu Deus, que isso?! Uma onda enorme de mudanças e, consequentemente, muitas mudanças nas relações entre “elas e eu”. Foram muitas gurias, cada uma em seu mundo particular, com seus traços de beleza individuais e com um sabor diferente.
Lágrimas sempre existem para apimentar esses relacionamentos, se não de minha parte, da parte delas. E confusão então? É o que mais costuma acontecer. E assim passa a vida “teen”, com romances e “pegações”. Ah! Chega a bater saudade sim.
Mas tudo bem, ainda não acabou, estou me sentido como um amigo da melhor idade que relembra e lamenta o passado.
O fato é que continuo embolado nesse novelo de relacionamentos entre “elas e eu”. Ora me sufoco, ora sufoco. Ora me satisfaço, ora vôo para outros quintais atrás de mais emoção. É interessante comentar essas coisas porque é algo, quase que unânime.
E, acima de tudo, é válido reconhecer que, quanto mais encontros, mais a troca de experiências e de conhecimentos. E, ao contrário do que muitos pensam, a quantidade não é sinônimo de galinhagem não. É apenas uma maneira de, vamos por assim dizer, compreender melhor o que é, de fato, o relacionamento sólido entre homem e mulher.
Se pensássemos todos assim, não tenho certeza, mas creio que os casamentos seriam muito mais duradouros que são atualmente. Afinal todos, ou quase todos, pensamos em casamento, família e derivados. E é verdade que, se planejamos uma aliança matrimonial, não queremos algo efêmero. E, pelo que tem acontecido, os matrimônios tem sido efêmeros justamente por conta disso: a falta de clareza nas relações antes de subirem no altar.
É uma ansiedade para casar, é filho não esperado e por ai em diante. Coisas que fazem do casamento uma prisão e não uma união.
É por isso que há muitas histórias construídas entre “elas e eu”. Porque na minha maneira de pensar, não será um namoro de cinco anos ou os prazeres momentâneos de uma vida boa que definirão um literal “até que a morte nos separe” e, sim, a amplitude das nossas visitas em outros quintais, para garantir que, dos frutos que provamos, a “escolhida” é a semente ideal para germinar em nosso coração.

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